King: do Antigo Egipto à poesia britânica sempre por mar
Subsolo 2 de Abril, 2020 Metal Hammer
Origem: Eslováquia
Género: symphonic death metal
Último lançamento: “New Aeon” (2019)
Editora: Sliptrick Records
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Entrevista e review: Diogo Ferreira
Numa mescla de vários subgéneros de metal, os King centram-se mais em symphonic e death metal para contarem histórias de faraós e efectuarem interpretações de poemas de Shelley e Lord Byron.
«Este álbum é a expressão de um esforço para se iniciar uma nova era no metal.»
Último lançamento: «“New Aeon” é o título do terceiro álbum. Os pilares do projecto são Ivan King Kráľ (teclados, programação) e Norbert Ferencz (guitarras). Abordei artistas que têm ambições e objectivos musicais a sério. Muitas vezes, vários vocalistas masculinos e femininos fazem a sua parte no trabalho. O álbum combina a velocidade e o murro do death metal, mas referimo-nos ao álbum como “metal original”. A razão por detrás deste rótulo passa por enfatizar a singularidade deste disco. A exclusividade é expressa pelo próprio nome – “New Aeon” significa nova era. Uma nova era para a música de Ivan, mas também para o próprio género. O metal enquanto género musical estagna de várias maneiras. Grupos pioneiros não criam nada de novo e ficam na sua zona de conforto.»
Conceito: «Este álbum é a expressão de um esforço para se iniciar uma nova era no metal. Um factor importante na escrita de textos é que os pensamentos precisam de ter significado e de transmitir uma mensagem ao ouvinte. O tema do texto do álbum é dedicado ao Antigo Egipto (magníficas histórias de Faraós e deuses egípcios), mitologia e filosofia. O tema do mar aparece muitas vezes nas letras. A inspiração do Ivan também se encontra em obras populares dos famosos poetas românticos ingleses Shelley e Lord Byron. Ele também nos dá a oportunidade de ouvir as suas próprias visões filosóficas nas músicas “Sea In The Soul” e “The Age of Aquarius”. O significado das letras é destacado pela alternância entre o berro e vozes limpas. E isso cria a atmosfera certa.»
Review: Com duas décadas de existência e três discos na bagagem, esta banda eslovaca tenta e manifesta que é possível quebrar dogmas através de uma sonoridade que cruza sinfonia, electrónica, heavy metal, death metal, modern metal e algum prog. Parece uma confusão mas funciona, e a faixa “Homeless” é um excelente exemplo de uma amostra sonora cheia de sumo. Uma futura produção mais atmosférica ajudará a uma experiência melhor, mas o caminho está a ser bem percorrido.

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